Aniversário número 68 do falecimento de Evita Perón RAE ARGENTINA AO MUNDO

Argentinos homenageiam “a defensora dos humildes”

Eva Maria Ibarguren quem, com o nome de Eva Duarte de Perón, chegaria a ser uma bandeira nas lutas pelos mais humildes e pelos mais desprotegidos, nasceu em 1919 em um pequeno vilarejo da província de Buenos Aires.

 

Em 1935, ela chegou a Buenos Aires onde contou, entre outros, com o apoio de um conhecido cantor de tangos, Agustín Magaldi, quem lhe apresentou algumas figuras do mundo do espetáculo.

Em 1939, Eva começou a trabalhar em rádio-teatros e em alguns filmes, e seu nome e seu rosto começaram a ser reconhecidos. Entretanto, em 1943, um golpe de Estado derrubou o governo do presidente Ramón Castillo e o então coronel Juan Perón, ocupou um cargo importante no novo governo.

O encontro entre ambos, que mudaria totalmente a vida da jovem atriz e em grande medida a história da Argentina, ocorreu em janeiro de 1944, durante um festival de ajuda às vítimas do terrível terremoto que, nesse mês, destruiu a cidade argentina de San Juan.

Em 1945, Eva Duarte e Juan Perón casaram e, pouco depois, Evita acompanhou Perón por todo o país enquanto ele realizava sua campanha como candidato às eleições presidenciais de 1946. Juan Perón ganhou as eleições e, para Evita, seu passado como atriz ficou definitivamente atrás. Renascia não apenas na figura de primeira dama de nosso país, com uma nova imagem estética de sóbria elegância. Também nascia como uma grande lutadora pelos direitos dos mais humildes.

Pelo esforçado trabalho que Evita Duarte de Perón desenvolveu nos anos seguintes, ela foi amada por milhões de argentinos, aqueles que pertenciam aos setores mais pobres da sociedade. Porém, ao mesmo tempo, crescia o ressentimento e o desprezo dos setores altos da classe média, da oligarquia e da Igreja Católica.

Em 1950, um câncer começou a afetar Eva Perón seriamente e apesar dos tratamentos recebidos, Evita morreu, aos 33 anos, em 26 de julho de 1952.
A Argentina se paralisou. Milhões de homens e mulheres fizeram fila durante dias para ingressar ao local onde eram velados os restos de quem, para todos os que tinham assistido, já era a “Santa Evita”, a “defensora dos trabalhadores e dos humildes”.

Os restos de Eva Perón estão hoje no cemitério da Recoleta, aqui em Buenos Aires. O nome, a imagem e muitas das ideias e propostas de Evita continuam sendo uma presença cotidiana na Argentina de hoje.

Texto & Locução: Julieta Galván