A pandemia de coronavírus revela a precariedade em que vivem ou sobrevivem as populações indígenas da Argentina, historicamente maltratadas e esquecidas por governantes e a grande mídia. No noroeste argentino, mas também na periferia das grandes cidades, a pandemia não é democrática e é muito mais cruel com os setores mais pobres da sociedade.
O governo de Alberto Fernández convocou uma equipe de antropólogos para elaborar um relatório e protocolo para agir de modo urgente no atendimento da problemática. Porém, e apesar de constituir um grande gesto, com isso não alcança.
Para o tratamento desta temática, a RAE Argentina ao Mundo entrevistou a Dra. Liliana Tamagno, membro dessa equipe, quem assinala a urgência e a especificidade que devem ser levadas em conta para atender a problemática, cujo tratamento também se vê atravessado de discursos racistas.
Liliana Tamagno é antropóloga, Mestre em Artes pela Universidade de Upsala e Doutora em Ciências Naturais (orientação em Antropologia) pela Faculdade de Ciências Naturais e Museu da Universidade Nacional de La Plata. Ela é também diretora do Laboratório de Pesquisa em Antropologia Social (LIAS), da mesma faculdade. A sua especialidade é a questão indígena, a diversidade/desigualdade no contexto nacional e a antropologia simbólica.
A tese de mestrado da Dra. Tamagno foi sobre a situação dos nordestinos brasileiros na cidade de São Paulo.
Para mais informações, clique aqui para ler os relatórios e protocolo
https://www.defensorba.org.ar/contenido/protocolo-de-actuaci
Produção & Entrevista: Julieta Galván